Thursday, August 19, 2010

Telefones celular vs Saude


Devido ao enorme aumento de aparelhos celulares em todo o mundo há a preocupação de que sua radiação possa re presentar um perigo à saúde dos utentes. Aparelhos celulares usam ondas eletromagnéticas na faixa de microondas. Essa preocupação induziu algumas pesquisas para apurar at éque ponto eles podem ser “perigosos”. A Organização Mundial de Saúde concluiu que danos sérios à saúde são bastante improváveis de acontecer devido aos aparelhos celulares e suas estações, em todo o caso, algumas nações - como Áustria, Alemanha e Suécia - recomendam aos seus cidadãos que minimizem os riscos da radiação, usando o "hands-free" ou viva-voz para diminuir a radiação na cabeça, mantendo o aparelho celular longe do corpo e não usar o aparelho celular dentro do carro sem uma antena externa.
Parte das ondas de rádio emitidas por um aparelho celular é absorvida pela cabeça. As ondas de rádio emitidas por um aparelho celular GSM pode ter um pico de até 2 watts (será menor ainda quanto mais prόximo da estação), enquanto que um telefone analógico pode transmitir até 3,6 watts. Outras tecnologias, como CDMA e TDMA, libertam ainda menos, tipicamente abaixo de 1 watt. Cabe as entidades normalizadoras impor que cada fabricante respeite o SAR (Specifi Absortion Rate) permitido, e, mais ainda, cada paìs "devia" controlar que cada aparelho em circulação funciona dentro de tais balizas.

Efeitos termais dos aparelhos celulares

Um efeito bem conhecido da radiação de microondas é o aquecimento dielétrico, no qual qualquer material dielétrico (como um tecido vivo) é aquecido pela rotação das moléculas induzidas pelo campo eletromagnético. No caso de uma pessoa usando um aparelho celular, a maior parte do efeito de aquecimento ocorrerá na superfície da cabeça, fazendo com que sua temperatura eleve-se por uma fracção de grau, sendo porém este nível de elevação da temperatura de uma ordem de magnitude menor do que a obtida pela exposição directa da cabeça à luz solar. A circulação sanguínea no cérebro é capaz de regular o excesso de calor ao elevar o fluxo sanguíneo no local em aquecimento. Porém, a córnea do olho não tem esse mecanismo de regulação de temperatura. De facto, cataratas prematuras são conhecidas como uma doença ocupacional de engenheiros que trabalham em transmissores de rádio de alta potência, entretanto, não foi relacionada a incidência de catarata com o uso de aparelhos celulares, certamente devido à baixa potência em que eles operam, quer para receber ou enviar sinais.
Tem sido defendido que algumas partes da cabeça são mais sensíveis a danos da elevação de temperatura, particularmente as fibras nervosas. Resultados mais recentes de uma equipe científica sueca no Karolinska Institute têm sugerido que o uso contínuo de aparelho celular por mais de 10 anos acarretaria a um pequeno aumento na probabilidade de desenvolver neuroma acústico, um tipo de tumor cerebral benigno.
Efeitos genotóxicos dos aparelhos celulares
Pesquisa grega do final de 2006 encontrou relação entre a radiação de aparelhos celulares de danos ao DNA. Em dezembro de 2004 um estudo Pan-Europeu chamado REFLEX, que envolveu 12 laboratórios de vários países, mostrou alguns indicadores de dano ao DNA de células expostas à 0,3 a 2 watts/kg (SAR). Houve indicadores, porém não evidência rigorosa de outras alterações celulares como dano a cromossomas, alterações na atividade de certos genes e elevação na taxa da divisão celular.

Aparelhos celulares e câncer

Em 2006 foi publicado um grande estudo dinamarquês sobre a relação entre o uso de aparelho celular e câncer. O estudo acompanhou mais de 420 mil dinamarqueses por mais de 20 anos e não encontrou elevação no risco de câncer.
Outros estudos de mais de 10 anos que investigaram a relação entre o uso de aparelho celular e câncer:
Estudo sueco de 2005 concluiu: "os dados não dão suporte à hipóteses que o uso de aparelho celular está relacionado ao aumento do risco de glioma ou meningioma".
Estudo britânico de 2005 concluiu que: "não há risco substancial de neuroma acústico na primeira década de uso dos aparelhos celulares".
Estudo alemão de 2006 declarou que "não foi observado elevação de risco de glioma ou meningioma entre utilizadores de aparelhos celulares, porém estudos de mais longo prazo precisam ser feitos para confirmar a conclusão".
Portanto, não há evidências de problemas de saúde ligados ao uso de telefones celulares, embora isto nao queira dizer que eles estejam completamente isentos (remotamente provável é diferente de impossivel).